sábado, 10 de setembro de 2011

US Open: Djokovic repete. Salva match points, vira contra Federer e retorna à final

Fonte: sportTV.globo.com 
Por Alexandre Cossenza 
Direto de Nova York 

Quem acompanhou as semifinal do US Open do ano passado, achou que Quando Roger Federer abriu 2 sets a 0 jogando um tênis quase perfeito, era difícil imaginá-lo fora da final do US Open. Do outro lado, porém, estavam Novak Djokovic e sua temporada espetacular. O sérvio cresceu no jogo, parou de errar e aumentou sua lista de feitos espetaculares em 2001. Virou a partida, e depois de salvar dois match points no quinto set, fez 6/7(7), 3/6, 6/3, 6/2 e 7/5 (assista aos pontos decisivos no vídeo ao lado) e avançou à sua segunda final consecutiva no Slam americano.

O resultado é uma repetição da semifinal do US Open do ano passado. Na ocasião, Federer igualmente teve dois match points e acabou sucumbindo no quinto set. O placar deste sábado também devolve a doída derrota para Federer sofrida em Roland Garros, também nas semifinais. Naquela época, Djokovic tinha uma sequência de 43 vitórias no circuito mundial e pintava como grande favorito para vencer o Slam francês.

- Foi uma situação muito parecida com a do ano passado. Ele teve dois match points e eu bati uma direita com toda a força. Se entra, entra. Você aposta. E eu acertei - disse Djokovic sobre o primeiro match point que salvou neste sábado. A decisão será a terceira de Nole em Nova York. Na primeira vez, em 2007, ele saiu derrotado pelo mesmo Federer. Na segunda, em 2010, Rafael Nadal foi seu algoz.

Seu rival agora sairá do jogo entre Andy Murray e Nadal. Caso o espanhol vença, será a sexta decisão entre eles na temporada. Djokovic venceu todas as cinco (Indian Wells, Miami, Madri, Roma e Wimbledon).

Set points perdidos e emoção no tie-break 
O primeiro set começou morno, sem chances de quebra nem games parelhos. Federer sacava bem e agredia mais, sem dar ritmo para o adversário. Nole, por sua vez, se mantinha com o serviço ótimo e não dava chances ao suíço. O set chegou a 6/6 e foi ao game de desempate. No tie-break, Federer foi melhor. Uma linda paralela de esquerda forçou um erro de Djokovic e lhe deu um mini-break (4/2). Uma dupla falta do sérvio deixou o suíço à frente por 5/2, mas o pentacampeão deixou a dianteira escapar. Cometeu uma dupla falta, mas conseguiu abrir 6/3. Nole, contudo, fez os dois saques e encaixou uma direita vencedora para chegar a 6/6. O sérvio ainda salvou um quarto set point, mas cedeu um mini-break e outra chance para Federer vencer a parcial. O suíço, então, encaixou uma paralela de esquerda que Djokovic não conseguiu devolver e finalmente selou a parcial: 7/6(7)

Com a esquerda calibrada, Federer deixou Nole acuado, e o sérvio começou a reclamar consigo mesmo. No terceiro game, finalmente veio a quebra. Uma paralela de esquerda deu dois break points ao suíço. Djokovic se salvou de ambos, mas deu outra chance ao adversário. Federer aproveitou encaixando uma espetacular esquerda cruzada. Nole ainda conseguiu devolver, mas o número 3 matou o ponto com uma paralela de direita.

A vantagem durou até o sexto game, quando o suíço viveu seu pior momento no jogo até então. Errou duas direitas seguidas e cedeu a quebra de volta ao rival, que empatou em 3/3. Nole, no entanto, mal pôde respirar. Federer voltou a sufocá-lo com esquerdas agressivas. Uma paralela lhe deu três break points. Depois, Djokovic jogou uma esquerda para fora e perdeu outra game de serviço. O número 1 não teria outra chance. Sacando bem, Federer manteve a vantagem até fechar o set em 6/3.

Nole voltou mais agressivo para o terceiro set e contou com erros de Federer para quebrar o saque no segundo game e abrir 3/0. Melhor no serviço do que nas parciais anteriores, o número 1 do mundo manteve a vantagem até o nono game, quando sacou em 5/3 para forçar o quarto set. O game ficou em 15/30, e a torcida se animou com a possibilidade de quebra, mas Djokovic jogou três pontos com firmeza e, quando uma esquerda de Federer foi parar longe, comemorou sua sobrevivência na partida (6/3).

Nole foi, aos poucos, adquirindo confiança e passou a executar golpes mais profundos e variar mais seus ataques. Precisando se defender mais, Federer já não conseguia ser tão eficiente. No primeiro game do quarto set, subiu à rede, mas levou um excelente contragolpe de Djokovic e errou o voleio. O ponto deu ao sérvio a primeira quebra da parcial. O número 1 tomou de vez o controle do jogo no quinto game, quando quebrou de novo e abriu 4/1 graças a uma esquerda de Federer que ficou na rede. Nole só precisou confirmar o saque até fazer 6/2.

O quinto set começou com o público fazendo muito barulho, e torcedores dos dois tenistas disputando para ver quem gritava mais alto. Federer conseguiu votar a equilibrar as ações, e a partida foi ganhando tons dramáticos à medida em que os dois confirmavam seus saques. Até que no sétimo game, sacando em 3/4, o número 1 sentiu o momento. Jogou uma direita na rede e ficou atrás em 0/30. Em seguida, cometeu uma dupla falta e jogou uma direita para fora.

Federer abriu 5/3, sacou para o jogo e teve dois match points. O primeiro foi salvo por Djokovic com uma devolução espetacular. No segundo, o suíço cometeu um erro não forçado. Uma direita para fora cedeu um break point, que Federer salvou com um ace. No entanto, uma direita na rede e uma dupla falta cederam a quebra para o número 1.

Djokovic não perderia mais nenhum game depois daquilo. Jogando mais confiante, Nole não errou mais. Federer não conseguiu manter o ritmo e viu o rival fazer um ponto espetacular atrás do outro. O sérvio conseguiu outra quebra no 11º game e sacou para a partida no 12º. Sem vacilar, fechou o jogo e voltou à final do US Open.